O paradoxo do Erro
Não quer dar sua opinião?
Em tempo, "dialogando" com o Gemini, recebi estes comentários que desdobrarei em outra ocasião:
A frase "Errar é humano, mas a Inteligência Artificial não pode errar" reflete uma expectativa elevada e, em grande parte, irrealista em relação à Inteligência Artificial (IA), especialmente aos modelos generativos mais recentes.
Tolerância ao Erro
O que a frase de fato demonstra é uma diferença na tolerância ao erro entre humanos e máquinas.
Tolerância Humana: O erro é considerado parte da natureza humana ("errar é humano"), e tendemos a ser mais complacentes ou a dar menos destaque a falhas individuais, pois esperamos que humanos cometam deslizes.
Intolerância à IA: Há uma intolerância maior ao erro da máquina, pois a computação foi historicamente projetada para a precisão e a correção de erros humanos. Quando um sistema de IA erra, isso gera desconfiança e recebe atenção desproporcional.
Responsabilidade e Validação
Dado que a IA pode e irá cometer erros, a validação humana torna-se essencial.
É crucial assumir a responsabilidade por qualquer decisão tomada com base em informações geradas por IA.
Os usuários devem ter uma postura crítica, sempre verificando a informação em múltiplas fontes e não aceitando a primeira resposta como definitiva.
A vigilância humana continua sendo um crivo indispensável para garantir a qualidade da decisão, transformando o risco do erro da máquina em uma responsabilidade consciente do usuário.
A inteligência artificial é uma ferramenta poderosa, mas só é aliada se usada com consciência, critério e responsabilidade.
Referências
Barone, Dante Augusto Couto org. Sociedades Artificiais: A nova fronteira da inteligência nas máquinas. Porto Alegre: Bookman, 2003.
Cianchi, Marco. Leonardo da Vinci’s Machines. Florence: Edizioni Becocci, sem data.
Gemini. Imagem gerada pela LLM baseada em: "a partir destas suas considerações, poderia gerar uma figura ilustrativa, de preferência bem humorada?" em 12nov2025.
Harari, Yuval Noah. 21 Lições para o Século 21. Tradução Paulo Geiger. São Paulo: Companhia das letras, 2018.
Peirce, Charles Sanders. “A propósito do Ator”. In Semiótica e Filosofia: textos escolhidos de Charles Sanders Peirce. Mota, Octanny Silveira e Leônidas Hegenberg. Orgs. e trads. São Paulo: Cultrix, 1975.
Comentários
Postar um comentário